Hermano Domingues
“It’s a Long Way to the Top (If You Wanna Rock ‘N’ Roll)” ACDC
Depois de anos e anos lendo depoimentos de aprovados, chegou a hora de eu dar o meu. Para ser sincero, a “ficha” ainda está longe de cair, mas é necessário agradecer o quanto antes a todas as pessoas que foram essenciais à minha aprovação, sendo uma verdadeira “honra” ocupar um espaçozinho no site do Método Gestalt.
Gosto muito da música citada supra porque ela mostra todas as dificuldades na vida de um “rockstar” que ninguém sabe. E a de concurseiro é algo bem parecido, pois, quando o seu nome sair no diário oficial no resultado final, pode ter certeza que você terá trilhado uma longa e penosa estrada para, finalmente, comemorar a aprovação.
Fazendo um breve resuminho de mim mesmo, sou mineiro, de BH, atualmente analista judiciário do TRT4, moro em Caxias do Sul e ocupo a função de assistente de juiz (faço sentenças). Minha história com os concursos públicos começou realmente bem cedo, aos 10-11 anos, quando estudei para a prova do Colégio Militar de Belo Horizonte. Então, apesar de ter passado no primeiro concurso de carreira trabalhista que tentei, tudo foi a construção de um longo processo que vou contar em outro texto para não “floodar” os depoimentos, como agora diz o professor Fabre, rs.
Nunca esperei ser aprovado no concurso do MPT. Após ser servidor técnico administrativo por dois anos na UFMG, um ano advogado do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais e ingressar como AJAJ no TRT4, decidi estudar para a Magistratura do Trabalho, pois considerava o MPT muito difícil. O concurso de Juiz, por óbvio, deve ser tão difícil quanto (nunca prestei), mas a primeira barreira que temos que superar para ir atrás do sonho é justamente a psicológica: de acreditar que podemos chegar lá.
Obtive uma boa nota (67) na primeira fase, mas nunca havia estudado para um concurso desse nível antes e não esperava ser aprovado. Após o resultado, em uma mistura de alegria e desespero, saí procurando cursos, pois, como não tinha redes sociais, não fazia a menor ideia dos existentes. Apenas com a suspensão do concurso em razão da pandemia é que decidi fazer os melhores que encontrasse porque teria tempo e, talvez; quem sabe; com muito treino; poderia chegar em um nível bom quando as provas fossem remarcadas.
Assim, não é exagero falar que caí de “paraquedas” no Método Gestalt, pois nunca tinha ouvido falar no Professor Fabre (sim, morava em uma caverna! rs). Mas não demorou quinze dias para que eu chegasse à conclusão de que foi uma das escolhas mais acertadas de toda minha preparação, razão pela qual convenci todos candidatos e candidatas que me perguntaram a se matricularem também.
Cada curso tem seu ponto positivo e o fato de a pandemia ter elastecido o período entre a primeira e a segunda e terceira fases para sete meses fez com que pudéssemos fazer vários cursos. No entanto, em conversa com outros aprovados, é um relativo consenso que o Método Gestalt é o mais completo e indispensável para aprovação.
Os ebooks possuem as principais áreas de atuação do MPT, especialmente os temas em que é muito difícil encontrar material direcionado, como as coordenadorias. Além disso, são escritos de forma clara, objetiva e resumida, o que é essencial para todas as fases.
A plataforma possui aulas sobre o que é mais essencial para a prova. Enquanto eu tenho costume de acelerar a aula de outros professores para ganhar tempo, quando assistia as do professor Fabre, eu ia pausando. A quantidade, profundidade e qualidade das informações necessitam de 200% de atenção dos seres humanos “comuns” para que possamos absorver.
As correções são detalhadas, com sugestões de redação e de conteúdo, além de os professores sugerirem melhorias em autotextos. O professor Castilho muito me motivou e acabou me convencendo que eu poderia sim ser Procurador do Trabalho se me esforçasse muito, coisa que acho que só vou acreditar mesmo na posse.
As “lives” sobre os temas mais importantes da atualidade são essenciais e não é exagero dizer que aprendi mais nelas sobre Processo Coletivo e Direito Coletivo do Trabalho, do que nos cinco anos de faculdade e nos sete estudando para concursos. O Professor Castilho finalmente conseguiu me fazer entender o que era uma tutela inibitória e como funciona uma tutela provisória de urgência. Quando ouvia os professores falando de Direito Portuário, até parecia fácil e compreensível.
Durante a preparação para o exame oral, além de aulas sobre oratória, postura e dicas, pudemos assistir às arguições e compor a “banca” dos outros candidatos. Eu não vi nada parecido em nenhum outro curso e acredito que estar na posição do examinador e assistir os simulados dos colegas me deu uma noção do que viria pela frente, visto que nunca tinha assistido uma prova oral trabalhista antes.
Outro diferencial é a generosidade dos professores Fabre e Castilho. Com a suspensão do concurso, a maioria dos cursos parou de produzir conteúdo, mas o Gestalt continuou a todo vapor, com lives semanais que me permitiram obter o aprofundamento necessário à prova discursiva, prática e oral, bem como não desanimar. Tudo sem nenhuma cobrança adicional. Ademais, nas vésperas da segunda e terceira fases, os professores fizeram correções de questões e destinaram os valores à caridade, o que demonstra que possuem não apenas um grande conteúdo, mas também humanidade.
A Dona Eni Fabre é uma mãezona para todos os candidatos e sofre mais do que a gente durante o concurso. Nunca vou esquecer da felicidade dela quando saí da prova oral e a olhei; coisa que nem a máscara, o face shield ou o isolamento social conseguiram esconder.
Por fim, mas não menos importante, o grupo de whatsapp também é um diferencial. Nele, certamente estarão a maior parte dos aprovados do concurso, no qual são trocadas experiências, dúvidas e, até mesmo, apoio emocional. Eu disse algumas vezes que queria muito passar para ter o privilégio de ser do mesmo grupo e conviver, mesmo que virtualmente, com aquelas pessoas fantásticas pelo resto da minha vida.
Assim, eu sou completamente suspeito para avaliar o Método Gestalt porque eu gostaria que houvesse um curso para “ser o Professor Fabre”, dada minha admiração por ele. Como disse algumas vezes, professores a gente encontra muitos, mas apenas ele é o “Mestre”. E Mestre, para mim, está muito além de Doutor ou de um doutorado. Alguém já ouviu falar em Dr. Splinter? Dr. Yoda? Dr. dos Magos? Dr. Miyagi? Pois então, “Mestre” é o maior título honorífico que alguém que leciona, orienta e instrui outras mentes pode receber, razão pela qual deve ser utilizado apenas para os melhores, que você encontrará no Método Gestalt.
Meu depoimento fica, assim, longe de ser uma “avaliação” e é mais um merecido agradecimento a todas essas pessoas iluminadas que me tornaram não apenas um jurista melhor, mas também um ser humano um nível acima do que eu era antes. Muito obrigado por esse quase um ano que convivemos diariamente virtualmente e por terem sido o farol que iluminou meu caminho.
Também aproveito a oportunidade para agradecer a todos os colegas de curso que foram essenciais à minha preparação. A todos meus amigos, que são realmente muitos e não vou citar nomes para não ser injusto (só o do Caio e da Dandara que foram realmente meus professores nessa jornada); Aos meus familiares: à vovó Efigênia, que foi embora durante o concurso e rezou para mim lá de cima; à família Domingues, que é meu orgulho e a melhor família que alguém pode ter; à família Martins que, segundo minha mãe, foi de onde veio minha inteligência; aos meus pais e meus irmãos, que me acompanharam desde as fraldas. Não teria graça nenhuma chegar ao topo sem poder dividir o momento com essas pessoas fantásticas que me incentivaram e acreditaram em mim por toda minha caminhada.
Além disso, à minha esposa, Daniela, que eu conheci quando era um estagiário do MPF e, junto com ela, conquistei tudo que tenho hoje. O ditado que diz “por trás de todo grande homem sempre há uma grande mulher” me parece ser uma grande injustiça. Apesar de nunca ter sido “um grande homem”, sempre tive uma “grande mulher” nunca atrás, mas sempre ao meu lado; secando minhas lágrimas, enfrentando comigo os desafios, sofrendo nas derrotas e comemorando as vitórias. Minha única “grandeza” é ter você sempre por perto.
Ps. Para dar mais “credibilidade” ao meu depoimento e apontar algo negativo no curso, sou obrigado a dizer que um professor é flamenguista e o outro corintiano. Mas se eu falasse que era tudo perfeito, vocês não acreditariam, não é mesmo?! rs.